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forgotten places

    Forgotten Places (& Alone in the Dark)

    13/agosto a 17/outubro/2015
    Base Casual

    A exposição reúne dois fotógrafos que não se conhecem, uma alemã e um brasileiro, mas que compartilham uma idiossincrasia: ambos saem em busca do inusitado que impacta.
    Paulo Altafin é um cavaleiro cervanteano em busca de belezas inesperadas, normalmente, “sozinho no escuro”. Notívago, ele procura árvores solitárias, ilumina-as, capta imagens e fabrica auroras boreais em pleno trópico. Altafin tem o olhar aguçado e atento, é eclético e busca a imagem esteticamente perfeita, coisa rara nessa sociedade saturada de imagens.
    Gaby Ehringshausen registra imagens da Alemanha caídas no esquecimento: antigos palácios, edifícios, quartéis que perderam sua função e contam a história de tempos antigos. A atmosfera especial é captada com a phototechnique HDR. Várias fotos digitais com exposições diferentes são colocadas umas sobre as outras e somadas no computador para produzir uma única imagem. Luz e sombras são expostas separadamente. Assim, as cores naturais se fortalecem e a imagem ganha certo estado de espírito da luz. Para Gaby, os “lugares esquecidos” ainda são maravilhosos e cheios de vida.
    São 18 obras de fotografias fineart em montagem diasec.

    Fabricantes de Auroras Boreais
    Aceite isto. Há lugares nos quais você nunca estará. Eles não estão abertos ao público, estão submersos em mistérios, tramas, versões de histórias familiares, sob a ferrugem de cadeados. Estão perdidos no tempo e não há dinheiro que lhes permita roubar imagens com a retina. Aceite, eles são os forgotten places na Alemanha Oriental, resgatados do esquecimento pela fotógrafa alemã Gaby Ehringshausen. Antigos palácios de funções perdidas, para ela ainda são maravilhosos e cheios de vida. Ao entrar neles, ela perde alguns sentidos e ganha outros. Nós também.
    Há um cavaleiro cervanteano às soltas, em busca de belezas inesperadas, normalmente, alone in the dark. Notívago, procura árvores solitárias, ilumina-as e rapta-lhes imagens. Paulo Altafin tem olhos felinos para a imagem estética e tecnicamente perfeita e, para ele, não há ângulo impossível, se a meta é impactar.
    Eles são fabricantes de auroras boreais.
    Ligia Testa
    agosto/2015